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Crítica | Moana 2: Visual Deslumbrante, mas Será Que a Magia Original Se Perdeu?

Depois de três anos desde sua transformação épica no primeiro filme, Moana (Auli’i Cravalho) retorna às telas em uma nova aventura marítima.

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Agora uma navegadora habilidosa, ela embarca em uma jornada para encontrar a misteriosa ilha de Motufetu, enfrentando novos desafios ao lado do irreverente semideus Maui (Dwayne Johnson). Contudo, apesar da promessa de uma história grandiosa, “Moana 2” entrega um espetáculo visual impressionante, mas não se arrisca fora da zona de conforto narrativo.

O ponto alto do filme é, sem dúvida, Moana. Sua evolução como protagonista é evidente, mostrando confiança, carisma e coragem. No entanto, a narrativa que deveria sustentar sua jornada se mostra previsível.

A trama, escrita por Jared Bush, Dana Ledoux Miller e Bek Smith, segue o formato clássico das sagas de aventura, deixando pouco espaço para surpresas. A estrutura repete muitos dos elementos que já vimos antes: monstros marinhos ferozes, encontros cômicos e lições de autoconfiança.

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As interações entre Moana e Maui continuam sendo um dos destaques, com momentos de humor e camaradagem. Contudo, Maui, que antes tinha um arco de desenvolvimento interessante, desta vez parece limitado a repetir seus traços mais conhecidos, sem grande evolução.

Se há um aspecto onde “Moana 2” realmente se destaca, é no visual. A animação é deslumbrante, superando a original em detalhes e escopo. As águas do oceano são retratadas com tanta vivacidade que se tornam quase um personagem próprio. Cada cena é repleta de cor, criatividade e riqueza visual, confirmando o compromisso da Disney em elevar o padrão das animações.

No entanto, a beleza visual não consegue compensar o ritmo irregular da história. Enquanto o início e o clímax entregam momentos emocionantes, o meio do filme se arrasta. Algumas subtramas e personagens secundários não contribuem significativamente, parecendo mais distrações do que elementos que enriquecem a narrativa.

Trilha Sonora

A música sempre foi um ponto forte de Moana, mas a sequência não atinge o mesmo impacto emocional do original. Embora Opetaia Foa’i e Mark Mancina criem um ambiente sonoro que complementa o tom da história, as músicas carecem da memorabilidade de faixas como “How Far I’ll Go”. Os números musicais aqui parecem mais funcionais do que inspiradores, servindo mais para preencher espaço do que para intensificar a emoção da narrativa.

Moana 2” é um espetáculo visual que certamente encantará os olhos e trará momentos divertidos, especialmente para os fãs da personagem. No entanto, o filme carece de ousadia, entregando uma história que, embora competente, não atinge o mesmo nível de magia do original. É uma aventura que, embora grandiosa em aparência, acaba navegando em águas familiares.

Veredicto: Assista pelo deslumbrante trabalho de animação e pela carismática heroína, mas não espere uma viagem tão memorável quanto a primeira.

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Tharlyn Pierre
Publicitário e um verdadeiro entusiasmado por filmes e séries, decidi transformar minha paixão em algo compartilhado. Dessa ideia nasceu a Comunidade On-line Filme Comentado, um espaço dedicado a mergulhar nas críticas, resenhas e novidades do cenário cinematográfico global e nacional.
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